Será que investir fora do Brasil tem alguma vantagem? Corro algum risco?
Bem, para responder a essas perguntas, te convido a analisarmos alguns pontos importantes e, ao final, você terá subsídios para pensar na sua melhor estratégia.
Nove vantagens potenciais de investimentos no exterior.
- Diversificação geográfica – ao investir em diferentes países, você reduz a exposição a riscos específicos de um mercado e diversifica seu portfólio.
Investir no exterior possibilita trabalhar em mercados e produtos de proporções muito maiores que no Brasil.
- Novas oportunidades de crescimentos – mercados ou setores emergentes podem apresentar taxas de crescimento mais elevadas, oferecendo ótimas oportunidades.
A B3, bolsa brasileira, tem cerca de 400 empresas listadas. Nos Estados Unidos, na bolsa de NY são mais de 2400 empresas, na Nasdaq mais de 2600 empresas. O volume de dinheiro também não tem comparação.
- Acesso a setores específicos – permite que você tenha exposição a setores ou indústrias que não estão bem representadas em seu país de origem.
- Proteção cambial – a diversificação em moeda estrangeira pode ajudar a proteger contra flutuações cambiais e oferecer uma camada adicional de segurança.
- Acesso a Multinacionais – acesso a investir em grandes empresas multinacionais que têm operações em vários países.
- Benefícios fiscais – alguns países oferecem benefícios fiscais para investidores estrangeiros, como isenção de impostos sobre ganhos de capitais ou dividendos.
- Melhor desempenho setorial – setores específicos podem ter melhor desempenho em determinadas regiões devido a fatores econômicos, regulatórios ou culturais.
- Resiliência a crises econômicas locais – em caso de crises econômicas locais, investir no exterior pode ajudar a mitigar perdas, pois os mercados podem responder de maneiras diferentes às condições econômicas globais.
- Planejamento patrimonial internacional – diversificar no exterior pode ser uma estratégia de planejamento patrimonial internacional, oferecendo opções de diversificar ativos, proteger patrimônio e facilitar sucessão.
É importante falar que, embora existam vantagens, também há desafios e riscos associados aos investimentos internacionais como a própria flutuação cambial, questões regulatórias e políticas, custos de transações, barreiras culturais e linguísticas, risco de liquidez, complexidade tributária.
A consulta a assessores financeiros e a realização de uma pesquisa aprofundada sobre os mercados específicos são práticas recomendadas.
Por onde eu começaria a investir no exterior?
Certamente o mercado americano é um mundo complexo com inúmeras possibilidades, mas com riscos aumentados também.
Sugiro olhar mais atentamente para um grupo exclusivo de empresas dos Estados Unidos chamadas as “Dividend Aristocrsts”. São empresas que têm uma história impressionante de pagar dividendos crescentes por pelo menos 25 anos consecutivos. Para estar nessa lista a empresa precisa:
- Fazer parte do S&P500;
- Ter aumentado o pagamento de dividendos anualmente por pelo menos 25 anos consecutivos;
- As ações devem ter uma liquidez mínima, garantindo que os investidores possam comprar e vender ações sem grandes dificuldades.
Fazer parte dessa lista é vista como um sinal de estabilidade financeira e consistência no retorno de volar aos acionistas ao longo do tempo, são empresas mais estáveis e maduras em termos financeiros.
As Dividends Aritocrats são boas para uma estratégia de investimentos de renda, por fornecerem fluxos de caixas estáveis e retornos consistentes ao longo do tempo. No entanto, é importante saber que desempenho passado não é garantia de desempenho futuro e os investidores devem sempre fazer pesquisas adicionais antes de tomar decisão de investimento.
É fácil investir no exterior?
Sim, hoje o mercado conta com várias contas globais que permitem o investimento no exterior. Avenue, Banco Inter, Nomad são exemplos de boas plataformas para investir no exterior.
Minha opinião.
Sim, eu gosto de investimentos no exterior, principalmente no mercado americano, entendo ser uma boa estratégia de diversificação, aumento de capital e, sobretudo, a formação de uma carteira geradora de dividendos em dólar.
Como se trata de um mercado externo, é sempre bom estudar mais, ir com cautela e alocar apenas uma parte de seu capital.